domingo, 18 de janeiro de 2004

tuts-tuts-tuts-tuts-tuts-tuts...


Finalmente eu fui numa rave. Da primeira vez que ouvi falar disso, lá pelos idos de 99, tudo que eu sabia desse tipo de festa ou era baseado nas conversas com os antenados, ou através de matérias de TV. Pegava uns flyers, achava bonitinho e só. Dessa vez literalmente eu pude sentir a coisa na pele.

De início, eu que não sou muito de me movimentar fiquei meio um peixe-fora-d'água, só observando o pulsar da malta sob as luzinhas piscantes. E como era quente aquele lugar! Claro, um ambiente pequeno, com todo mundo muito próximo, transpirando e se atritando, não poderia ter uma temperatura lá tão amena.

Aos pouquinhos, o impulso que me fazia acompanhar o ritmo da música com o pé foi subindo, passando pelos joelhos, até chegar à cabeça (não sei se poderia chamar aquilo de dança). Demorei pra descobrir que ficar parado ali era péssimo e que o certo mesmo era se mexer de alguma forma, devolvendo ao pessoal a sua volta os empurrões e encontrões recebidos. A dinâmica é a seguinte: um funciona como mola pro outro, e pro outro, e outro... Depois que se acha uma harmonia com o fluxo, pronto: é só manter-se a batida.

O engraçado era que, a despeito de toda a pulação reinante, era possível encontrar lá dentro na boate gente fumando, bebendo, conversando, namorando e até tirando fotos ou falando no celular.

Da hora que eu entrei até quando fui embora, a batida continuou basicamente a mesma, o que é um achado para maioria que não é dotada de talento pra dança. Não existem coreografias, nem passos pré-definidos, nada, e se não há regras, conseqüentemente não há erros, o que é bastante convidativo. Eu mesmo me surpreendi com minha desenvoltura...

Grande parte desse meu sucesso na pista eu devo a companhia encorajadora dos meus parceiros de balada: Luísa ("a falsa tímida"), Andrei ("o falso nerd"), Bruno ("só no gingado"), além de uma outra menina que não conheço mas que disputava com Andrei o título de "O incansável da noite". Os improváveis Hélber e Fabrícia apareceram depois e como nós, se entregaram a suação da batida do drum'n'bass.

Numa certa altura, perguntei a Luísa da minha performance e ela, gentil de doer, disse que nem parecia a minha primeira vez numa rave e que eu estava me dando bem. No fim, o saldo foi bom: consegui me divertir (contrariando a expectativa da chegada) e, num encontro meio tumultuado, a Miss Lexotan finalmente descobriu quem eu sou.

Ao sair, me toquei que eu poderia estar com o suor de metade de João Pessoa nos braços preguentos, mas tudo bem. Só acho que me faltou o componente alcoólico para que, associado ao turbilhão de luzes e sons, me fizesse curtir aquilo tudo como se deve. Mas assim mesmo eu gostei, apesar de ser o tipo de coisa que de me enjoaria fácil. Conservador? Não tanto. É que eu ainda prefiro o jeito tradicional de ouvir e fazer música...



14 comentários:

Luís Venceslau disse...

Esse povo mané que não me convida...:(
Essa semana eu começo!

Ovelhinha® | Homepage

Luís Venceslau disse...

ei, vc eskeceu de dizer q conheceu a miss gracas a mim, o apresentador-mor. hehehehe akela rave foi um saco, tive q dar tudo de mim (ui!) pra conseuir mexer o corpo com akela "musica". tecno de cu eh rola. hj tem palestra do Mino Carta e Anima Mundi.

Bruno

Luís Venceslau disse...

tu atualizou hoje às 3:31, eu atualizei hoje às 3:13 (!)

Bruno

Luís Venceslau disse...

Eu nunca fui em Rave... aliás nunca me surgiu a oportunidade, minhas amigas são caretas e adoradoras da Hebe! XD

Harley Girl | Homepage

Luís Venceslau disse...

Tudo o que eu tenho a dizer é um ciumento "hum-hum" ( também em batida de drum'n'bass: hum-hum, tcs-tcs-tcs ).

NN

Luís Venceslau disse...

falsa tímida?? eu sou tímida sim, luís! e vc se deu bem de verdade, não foi gentileza, não dava pra perceber q era tua primeira rave ;P eu tbm prefiro o jeito tradicional de ouvir/fazer música, não entendo nada de tecno, pra mim é tudo igual... não presta pra ouvir em casa, mas que é bom pra dançar, é... é uma terapia!! :D

Luísa

Luís Venceslau disse...

rave sem exctasy não é rave. O texto tá do carai.

ailton | Homepage

Luís Venceslau disse...

mas pelo menos tu dançou dignamente né luís? ou tu fez igual a um amigo nosso que, uma vez em minha companhia (e na de Bá e de Milena) balançou os quadris com as mãos nos joelhos e com o dedinho na boca? (pra quem não conhece a lendária estória, foi Bruno Ricardo, viu?)

Gio

Luís Venceslau disse...

Também gostei do post, mas pelo título, pensei logo em um telefone ocupado... (tudo bem, eu não sou muito normal mesmo...) :P Ah... Imaginei aquele passinho que vc fez no Fenart uma vez esticando o braço pra cima como se estivesse apontando... hehehehehehehe....

Zabella

Luís Venceslau disse...

heheheh anninha eh genial!

Laranja

Luís Venceslau disse...

Brunóide tenta voltar as atenções a mim quando Gio cita sua dancinha à "Embalos de Sábado". :-)

NN

Luís Venceslau disse...

O QUE ??? FALA MAIS ALTO, NÃO TO OUVINDO NADA...

Andrei

Luís Venceslau disse...

exctasy!! exctasy!! =)

Paula | Homepage

Luís Venceslau disse...

que mané rave! Tenho alergia a esse tum-tum sem originalidade. Me movo parecendo um frango no espeto. Giro, giro, e não saio do lugar. Cansei de tentar aprender a gostar de dance. Não sei danças e assumo a todo mundo. Meu negócio é rock mesmo.

dina

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