Deitado na cama, com dor de cabeça, só de short, vendo os Engenheiros do Hawaii na MTV - assim foi o meu Reveillon. E o short nem branco era...
quarta-feira, 31 de dezembro de 2003
Primeiro
Deitado na cama, com dor de cabeça, só de short, vendo os Engenheiros do Hawaii na MTV - assim foi o meu Reveillon. E o short nem branco era...
terça-feira, 30 de dezembro de 2003
Continuação
Na falta do que postar, eis a continuação do conto. Relembrando: um parágrafo para cada autor. Respectivamente: Ailton, Luísa, Rachel e eu fiz o último. Só não me resolvi quanto ao título, mas coloquei um provisório:
Traição
"Adeus, Rê. Eu te amo". A frase martelava na cabeça enquanto corria o mais rápido que podia. Mas tinha a impressão que estava em câmera lenta. O prédio dela ficava a apenas cinco quadras, mas parecia um caminho sem fim. Renè sabia que não era a melhor hora para ter acabado o namoro, mas também não esperava uma atitude dessas de Keila, que tinha se mostrado tão equilibrada durante toda a relação. Enquanto corria de pijamas pelas ruas desertas, a frase martelava.
E por que ela não tentara se explicar, não chorara, não implorara perdão? Só a despedida e aquela declaração de amor, limpa, crua, sem rebuço nenhum. Caminhando, Renè era dominado pelos mais absurdos pensamentos e justificações infundadas. Talvez pelo seu estado de perturbação, ou por ser tudo ainda tão recente, não conseguia lembrar-se com exatidão do que havia acontecido. As cenas passadas corriam-lhe e fugiam-lhe à memória, e não sabia se boa parte daquilo era invenção de sua cabeça. Precisava, antes de tudo, acalmar-se e pensar com clareza sobre o episódio.
Enfim, Renè chegara em casa. Olhou os móveis, a sala, o quarto, e a cama onde diversas vezes se entregaram à paixão a ao prazer. Tudo naquela casa lembrava sua amada e conviver com tais lembranças era muito difícil. Há dias que não se viam, mas o último adeus soou como um golpe em seu coração. E eis que não agüentando se ver perdido em pensamentos conflitantes, desceu o lance de escadas, que nem se lembrava como o tinha subido, e atravessou ruas movimentadas sem rumo definido. Sua vontade, porém, o chamava de volta à casa de Keila, naquela tarde chuvosa e acinzentada.
Já de longe, Renè percebeu uma movimentação no estacionamento do prédio. Ao aproximar-se, viu por entre as pessoas alguém deitado no chão. À medida que ia chegando mais perto do tal corpo, ouvia palavras como "pulou", "sétimo" e "morta", o que lhe fazia acelerar o passo, instintivamente. Não demorou para notar que aquela ali no chão era a Keila. De repente, tudo começou a tremer e o que era câmera lenta agora era um borrão a óleo. "Por que ninguém faz nada?", Renè repetia para si enquanto olhava para todos a volta, inertes. Imerso na náusea do total desconcerto, Renè reconheceu em meio aos curiosos a melhor amiga de Keila, a Emily. "Assim que você saiu daqui, ela me ligou. Disse que soube do que fizemos naquela festa", falou ela com uma feição entristecida, fitando o par esquerdo da sandália de Keila que se soltara na queda.
E por que ela não tentara se explicar, não chorara, não implorara perdão? Só a despedida e aquela declaração de amor, limpa, crua, sem rebuço nenhum. Caminhando, Renè era dominado pelos mais absurdos pensamentos e justificações infundadas. Talvez pelo seu estado de perturbação, ou por ser tudo ainda tão recente, não conseguia lembrar-se com exatidão do que havia acontecido. As cenas passadas corriam-lhe e fugiam-lhe à memória, e não sabia se boa parte daquilo era invenção de sua cabeça. Precisava, antes de tudo, acalmar-se e pensar com clareza sobre o episódio.
Enfim, Renè chegara em casa. Olhou os móveis, a sala, o quarto, e a cama onde diversas vezes se entregaram à paixão a ao prazer. Tudo naquela casa lembrava sua amada e conviver com tais lembranças era muito difícil. Há dias que não se viam, mas o último adeus soou como um golpe em seu coração. E eis que não agüentando se ver perdido em pensamentos conflitantes, desceu o lance de escadas, que nem se lembrava como o tinha subido, e atravessou ruas movimentadas sem rumo definido. Sua vontade, porém, o chamava de volta à casa de Keila, naquela tarde chuvosa e acinzentada.
Já de longe, Renè percebeu uma movimentação no estacionamento do prédio. Ao aproximar-se, viu por entre as pessoas alguém deitado no chão. À medida que ia chegando mais perto do tal corpo, ouvia palavras como "pulou", "sétimo" e "morta", o que lhe fazia acelerar o passo, instintivamente. Não demorou para notar que aquela ali no chão era a Keila. De repente, tudo começou a tremer e o que era câmera lenta agora era um borrão a óleo. "Por que ninguém faz nada?", Renè repetia para si enquanto olhava para todos a volta, inertes. Imerso na náusea do total desconcerto, Renè reconheceu em meio aos curiosos a melhor amiga de Keila, a Emily. "Assim que você saiu daqui, ela me ligou. Disse que soube do que fizemos naquela festa", falou ela com uma feição entristecida, fitando o par esquerdo da sandália de Keila que se soltara na queda.
E um feliz 2004 para todos.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2003
Posts
Ultimamente só se tem visto baboseira por aqui, o que não é proposital. Minha aversão a viagens em minha psiquê aliada ao fato de eu não estar fazendo absolutamente nada tem ocasionado posts ridículos (como este), o que já deve estar cansando a paciência de muitos. Também não ando lá muito inspirado, o que só agrava o vazio. Talvez eu entre em 2004 com uma periodicidade diferente... Mas para não perder completamente o post, aqui vai mais um poeminha-tapa-buraco:
Tempestade de fogo
Incêndios alagam
Torrentes desterram
Enchentes que queimam
Aos brados de chamas
Inundam de brasas
Num banho de lava
De lama, de ventos
De sopro, de raiva
Faísca, fuligem
Em ventos selvagens
Poeira e cinzas
E brisas perenes
Suave fumaça
Molhada lembrança
Desliza no barro
Invade a casa
Afoga a certeza
Apaga o abrigo
Queimando promessas
Em plena desgraça
Que chega, não passa
Espeta o ímpeto
Na tempestade
De choro e chamas.
Incêndios alagam
Torrentes desterram
Enchentes que queimam
Aos brados de chamas
Inundam de brasas
Num banho de lava
De lama, de ventos
De sopro, de raiva
Faísca, fuligem
Em ventos selvagens
Poeira e cinzas
E brisas perenes
Suave fumaça
Molhada lembrança
Desliza no barro
Invade a casa
Afoga a certeza
Apaga o abrigo
Queimando promessas
Em plena desgraça
Que chega, não passa
Espeta o ímpeto
Na tempestade
De choro e chamas.
:::Mais correções: o filme que eu não vi é Melhor É Impossível.
domingo, 28 de dezembro de 2003
Show

"Maybe I'm Amazed At The Way You Love Me All The Time
Maybe I'm Afraid Of The Way I Love You
Maybe I'm Amazed At The The Way You Pulled Me Out Of Time
And Hung Me On A Line
Maybe I'm Amazed At The Way I Really Need You..."
(Paul McCartney)
Momento egotrip: acabo de concluir mais uma incursão pelas raias do webdesign amador. Quem quiser ver no que isso deu é só clicar aqui. Coisinha pra dar trabalho... Ah, perdi Melhor Impossível por causa de um show do dono desse baixo. Emoção 1 x 0 Razão...
CineKubrick
Como já é tradicional e de praxe, eis o vazio e sonolento post do domingo de manhã pós-cineclube. O filme da vez foi Lolita, a primeira versão, dirigida por Stanley Kubrick e com roteiro do próprio Vladimir Nabokov, autor do livro que inspirou a película (Aê Bruno!). Não é um filme fantástico, em alguns pontos até fica a dever ao remake, mas vale assim mesmo, tanto pela história e pela atuação de Peter Sellers. No mais, o fim da noite rendeu um pastel na feirinha, a promessa de pegar alguns bons cds emprestados (olha o vício) e um encontro totalmente inesperado com uma conhecida da net. "Que mundo pequeno!", diria a Gio, mas que fique claro que era só uma conhecida...
E no fim a gente nem comeu o Amendoim Doidera...
E no fim a gente nem comeu o Amendoim Doidera...
sábado, 27 de dezembro de 2003
OVNI
Essa chegou por e-mail:
"OVNIporto será inaugurado em março
04/ 12/ 2003 - O prefeito de Bocaiúva do Sul (PR), Élcio Berti, anunciou que o OVNIporto que está construindo na cidade será inaugurado em março de 2004. Esta semana Berti voltou a ser alvo de polêmica por ter declarado que sua cidade prefere receber extraterrestres a homossexuais. Em resposta, ativistas de movimentos gays e assemelhados prometem invadir Bocaiúva do Sul para protestar. Alguns grupos irão fantasiados como 'travestis ETs'. "
E ainda dizem que o Nordeste que é arcaico!
04/ 12/ 2003 - O prefeito de Bocaiúva do Sul (PR), Élcio Berti, anunciou que o OVNIporto que está construindo na cidade será inaugurado em março de 2004. Esta semana Berti voltou a ser alvo de polêmica por ter declarado que sua cidade prefere receber extraterrestres a homossexuais. Em resposta, ativistas de movimentos gays e assemelhados prometem invadir Bocaiúva do Sul para protestar. Alguns grupos irão fantasiados como 'travestis ETs'. "
E ainda dizem que o Nordeste que é arcaico!
sexta-feira, 26 de dezembro de 2003
Vícios
Eu nunca gostei de beber, e olhem que já provei de quase tudo. Apesar de pelo lado materno ter uma certa tradição alcoólica, o que já revelou loucos memoráveis, não me sinto com organismo para suportar os efeitos da bebida em excesso. Claro, existe um instinto primal, uma sensação familiar que surge apenas ao passar um copo a frente das narinas, uma espécie de reconhecimento - que é onde eu fico. Eu posso bebericar uma coisinha aqui, outra ali, mas nada que me faça perder o caminho de casa, longe disso. Como todos os vícios, o alcoolismo é algo que exige além da vocação e do dinheiro, um corpo forte, um organismo que agüente os trancos da substância exógena em suas ressacas, vômitos e demais acasos externos. Eu só sei que não tenho essa coragem toda ou esse desprendimento com minha já combalida parte material. Deve ser excesso de amor próprio.
Cigarro é outro que está fora de cogitação pra mim, assim como qualquer coisa que faça fumaça ou pareça com pó, poeira... Pode ser que no futuro eu me descubra um masoquista de marca maior e passe a utilizar o cigarro pra atiçar um parasita que vive dentro da minha cabeça, chamado Sinusite. Falando em vícios, me ocorre que no fim das contas todo mundo é ou vai ser um viciado em alguma coisa, não necessariamente em substâncias como álcool ou drogas. Há coisas palpáveis comprovadamente viciantes como jogo, sexo, indo até coisinhas mais inocentes como livros, televisão e música. E desse último vício, eu acho que já estou desenganado.
:::Corrigindo: a foto do post anterior é de autoria de Isabella, com dois L's.
Cigarro é outro que está fora de cogitação pra mim, assim como qualquer coisa que faça fumaça ou pareça com pó, poeira... Pode ser que no futuro eu me descubra um masoquista de marca maior e passe a utilizar o cigarro pra atiçar um parasita que vive dentro da minha cabeça, chamado Sinusite. Falando em vícios, me ocorre que no fim das contas todo mundo é ou vai ser um viciado em alguma coisa, não necessariamente em substâncias como álcool ou drogas. Há coisas palpáveis comprovadamente viciantes como jogo, sexo, indo até coisinhas mais inocentes como livros, televisão e música. E desse último vício, eu acho que já estou desenganado.
:::Corrigindo: a foto do post anterior é de autoria de Isabella, com dois L's.
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