quinta-feira, 20 de maio de 2004

"Obladi-oblada, life goes on.."


O instante mágico. O rasgo temporal, na realidade. Na verdade, uma confluência de realidades que comprova que "nem tudo está perdido", que há alguém real do outro lado da linha e que a noção de horas e dias pode ser facilmente flexionada. É a estesia, coletiva, viva, infelizmente perene só nas marcas que fazem na lembrança. Tudo tão perfeito que seria tolice achar que fosse durar muito. Tolice maior seria, uma vez envolto por essa aura, tentar se desvencilhar dela, embora ela tenha surgido tão facilmente e agora ser mais rígida do que o mais forte dos diamantes. É como um clipe nas páginas de um diário. Três, quatro páginas? Sim, já estão marcadas, todas sem um espaço em branco, decoradas com embalagens de chocolates doces como sorrisos, e adesivos coloridos como semblantes iluminados.

Enfim, se "a felicidade é abstrata e só a dor é real" eu não sei, mas que eu não tinha como não falar disso tudo hoje, ah, não tinha não.

Quisera eu poder ser tão explicito quando Ailton foi em seu blog...


15 comentários:

Luís Venceslau disse...

Vou processar meus terapeutas. MInha terapias naum funcionaram, ainda naum consigo me expressar. Não tive como escrever!

MIla

Luís Venceslau disse...

putz. Perdi o 1º. MAs td bem, foi pra MI. Pois é, Luís, a vida continua... LeNNdo teu post, veio-me à meNNte uma coisa: NN não era "real" aNNtes dessa semaNNa. Era como um leNNda... Uma história boNNita. Talvez uma historiNNha de NNiNNar... Mas depois disso, de ouvir a voz dela, de tocar NNela, de vê-la ao vivo e em cores... se mexeNNdo e tudo, NNuca mais as fotos nem as represeNNtações imagéticas da NN farão taNNto seNNtido quaNNto faziam aNNtes. Ela, de fato, existe. Tá NNo lado esquerdo do peito. Aqui deNNtro. NNão era uma iNNveNNção do iNNcoNNscieNNte coletivo da geNNte. Não era um traNNse coletivo. Tá aqui deNNtro. DeNNtro do Coletivo.

ailton

Luís Venceslau disse...

Ow, meu Deus... Onde estao as palavras agora? NNada do que foi será como aNNtes, verdade. Talvez na proxima ida a JP a gente nao consiga ter a possibilidade de um "24 horas com NN" ou de um boliche äs 2 da tarde - esse é o lado ruim de nao poder reter o momento, de nao perpetuar o que foi otimo. Por outro lado, agora sei a fala, a temperatura, o jeito de mexer os olhos, os detalhes de cada um e isso muda para sempre o curso da historia. Sabe que eu sonhei esta noite que anos tinham se passado e eu escrevia um livro. Acho que nao tinhamos contato ou que...sei la...alguem tinha ido morar no outro Continente ou...nao sei, mas pelo menos nenhum de vós estava presente ali, no lançamento. Ai eu abria o livro e lia a dedicatoria e era algo como "aos revolucionarios do MR16, que mudaram tudo em MIm". Espero que ninguem se afaste, que as cartas, emails e viagens sejam parte das nossas rotinas, mas...bem, se eu escrever um livro um dia, isso estará lá. Eu juro. E eu choro.

NN

Luís Venceslau disse...

Para matar um pouco a saudade, uma foto no flog.

NN | Homepage

Luís Venceslau disse...

luis tem um diario?!

Laranja

Luís Venceslau disse...

Que belo texto. Ainda vou escrever sobre quarta. A ficha da ida de Anna ainda não caiu.

Dina

Luís Venceslau disse...

Luís tem um diário!

PauLa

Luís Venceslau disse...

ué! q q tem de mau em ter um diário? eu tbm tenho um.

ailton

Luís Venceslau disse...

Ailton tem um diário!

PauLa

Luís Venceslau disse...

adoro essa musica do titulo..
vim aqui a pedido da Ninha, que adorou vcs!
Realmente eh muito legal o seu blog...
bjo

larissa | Homepage

Luís Venceslau disse...

Tema único: destino

PauLa

Luís Venceslau disse...

Se você tivesse sido explícito demais não seria você... O texto está belíssimo, como sempre. A propósito, qual o problema em ter um diário?!

Larissa | Homepage

Luís Venceslau disse...

Já falei isso uma vez no Prosesia e repito aqui: autor e narrador nem sempre são a mesma pessoa. Sobre diários, eu não tenho. Quem narra esse texto aí pode ter, não sei, mas eu mesmo nunca tive disciplina nem pra ter sequer agenda de colégio. Se bem que blog não deixa de ser um tipo de diário..

O chofer

Luís Venceslau disse...

luis tem razão, autor e narrador não são a mesma pessoa. Mas eh preciso um cadinho de juízo de pinto pra acreditar nisso, né? Então, tu tem diário mesmo.

ailton

Luís Venceslau disse...

é, mas q narrador e autor parecerem se confundir neste post, isso pareceu... aih confundiu todo mundo...

Laranja

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