quinta-feira, 13 de maio de 2004

HAPESAR: nem só de acaso se faz um vídeo


Tínhamos que decidir entre duas idéias para fazer um documentário para a disciplina Laboratório de Telecinejornalismo. Uma delas era sobre o quanto decrépito estava o Departamento de Música, que fora construído com promessa de ser provisório, e que às portas dos seus 20 anos era difícil achar algo dentro que funcionasse sem improvisos. A outra idéia também tinha como foco a deterioração de um outro setor da mesma universidade, o Núcleo de Documentação Cinematográfica. Também nos seus quase 20 anos, após formar e revelar uma geração inteira de cineastas, o Nudoc carecia de uma intervenção urgente antes que "caísse" de vez. Acabamos preferindo a idéia do Departamento.

Por uma série de motivos que não convém relacionar, não pudemos realizar o documentário sobre o Departamento de Música. Sem alternativas, corremos pro Nudoc e não tinha como ter sido melhor. O tema do Departamento era bom, palpitante, grave, mas com um peso político que dificilmente livraria o vídeo de um ar sensacionalista. Fora os problemas, não haviam tantos contrapontos positivos, coisa que o Nudoc tinha e que tornou possível que se fizesse um vídeo sem apelos, ou que pesasse para algum lado. Desde o início, minha preocupação era que ficasse denunciativo mas sem excessos. E ficou mesmo.

Surgiu então o HAPESAR. Saiu tudo direitinho. Claro que houveram discussões sobre o que fazer, o que colocar ou não, mas no fim acho que o que ficaram foram as melhores idéias. Muito disso foi por sermos apenas quatro pra dar pitaco (Ailton, Bruno, Daslei e eu), coisa que favorece o envolvimento maior de cada um.

Independente da qualidade do vídeo (que sei que não é das maiores dada a inexperiência dos realizadores e os parcos recursos), vai ser difícil eu deixar de gostar dele. Mesmo já tendo passado algum tempo desde a sua exibição inaugural, eu continuo achando que fizemos com o vídeo o que foi possível se fazer, conseguindo dizer da melhor forma que podíamos o que pretendemos (diga-se muito graças aos entrevistados). Não há nota 10 que valha isso. E ainda tem a coisa do fazer coletivo, a experiência toda da realização, o fato de eu "me ver" ali, e a maior das satisfações: ver finalizado um projeto dentre tantos outros em que me meti mas que nunca saíram do papel.

Ah, de lá pra cá, tanto o Departamento de Música quanto o Nudoc continuam funcionando a duras penas, após algumas "maquiagens".

O "HAPESAR" será exibido no Sesc-Centro, nesta sexta-feira, 14, às 12 e 18:30hs. Mais sobre o vídeo no Jornal A União, MeiaBoca e 45acp.


14 comentários:

Luís Venceslau disse...

Li a reportagem no jornal.
Sobre o "Bom Dia, Maria de Nazaré", participei d algumas discussões sobre o rebuliço q ele estava causando na comunidade, sobre cessão de uso da imagem, ouvi reclamações d moradores, souberam do prêmio por outras fontes, ñ receberam sequer um "obrigado"... Bem, só ouvi um lado da (hi)(e)stória... Isso me faz pensar q vcs deveriam ter alguma disciplina q contivesse algumas noções bem fundamentais, bem básicas, sobre direitos autorais e d uso da imagem...
Sobre o HAPESAR, acho q vou matar aula pra ver, o SESC é aqui pertinho... (a professora parece tomar uma caixa d diazepan antes d vir pra aula, dorme enquanto fala, sem exagero!)
Xêro!

Farfalla | Homepage

Luís Venceslau disse...

Luis, eu acho o Hapesar um puta vídeo, não porque fomos nós q o fizemos, mas pq é de fato. Há muita harmonia entre imagem e som, o q é uma coisa muito boa, dada nossas experiências, como vc memso diz. E realmente o lance de sermos apenas 4 (ou 5, com jaquelina, sei lá) foi muito bom pq podemos dar opiniões e dicidimos td juntos, diferente do grupo do Choro, q foi meio q centralizado em algumas gurias.

ailton

Luís Venceslau disse...

Ow Aílton, comentário mais besta... (apesar de ser verdadeiro). Pense aí, no Hapesar eram 4 pessoas, no Por que Choras tinha pelo menos umas 15 (o que dá margem a discordâncias em proporção). Eu mudaria algumas coisas no nosso vídeo (apesar de ter gostado dele), mas o Hapesar eu não mudaria nada. Ele ficou sensacional, com qualidade técnica e de conteúdo. Ficou um brinco. Parabéns, meninos!

Zabella

Luís Venceslau disse...

Só não ficou melhor do que o "Além do Trem"! =P Brincadeira! Nem vi ainda, não dá pra julgar.

Breno

Luís Venceslau disse...

que Tróia que nada, a grande estreia de hj eh o Hapesar!

Laranja

Luís Venceslau disse...

Haver é um dakeles verbos invariaveis (eskeci o nome q se dá), que só se pronunciam na 3a pessoa do singular. portanto o correto é 'houve discussões' e nao "houveram". Se fosse 'acontecer' ou 'ocorrer', aih sim seria no plural.

Patrulha ortográfica

Luís Venceslau disse...

Eu bem que suspeitei desse "houveram". O Word disse o certo, mas na dúvida achei que fosse mais uma frescura dele e não corrigi. Desculpa Mr. Gates, isso não se repetirá. || Será que esse verbo não é o que chamam de verbo defectivo?

Chofer

Luís Venceslau disse...

Defectivo é o que "não pode" ser conjugado na primeira pessoa do singular.

Breno

Luís Venceslau disse...

bando de jornalista mané da porra! A PULIÇA veio ajudar: defctivo é o verbo que não tem conjugação em algumas pessoas de alguns tempos, não só na 1ª pessoa do singular. E essa baubúrdia sobre o verbo haver é porque, no sentido de existir, ele é IMPESSOAL, não podendo ser flexionado. por isso: "houve discussões". Nada a ver com invariável, que nem existe essa categoria em verbo. Tu deve ter confundido com irregular, já que, como classe de palavra, todo verbo é invariável.

ailton | Homepage

Luís Venceslau disse...

De verbo eu entendo porque era tudo q tinha no princípio.

Je_suis_Cristo | Homepage

Luís Venceslau disse...

Bela estréia..

PauLa

Luís Venceslau disse...

Balbúrdia é com l. Paula, deixe de ser ácida!

vingança da patrulha

Luís Venceslau disse...

é, caguei na balbúrdia.

ailton

Luís Venceslau disse...

Não ! Eu não vim citar erros gramaticais ..nem muito menos discuti-los.
vim apenas deixar um XERU !

Karlas

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