domingo, 4 de julho de 2010

35 anos com corpinho de 18

Banda: Pink Floyd
Album: Wish You Were Here
Lançamento: 1975

Com Dark Side Of The Moon (1973), o Pink Floyd deixava de ser uma banda do circuito alternativo, underground, para ter singles disputados, despontar nas paradas e tocar em estádios. Após a saída de Syd Barret, a força-motriz do grupo nos seus primeiros anos, a ausência de uma direção criativa levou a banda a um estágio crítico. Mas o invés da derrocada completa, Roger Waters e companhia conseguiram inverter o jogo com um disco que se tornaria um dos mais vendidos de todos os tempos. O Floyd foi literalmente do nada ao topo em questão de meses, e uma mudança dessa envergadura mexe com a cabeça de qualquer um, distorce percepções, e só causa mais ansiedade.

Foi com esse espírito que os quatro se reuniram para saber o que fariam das suas vidas após a aclamação de público e crítica que foi Dark Side Of The Moon. A visita de um irreconhecível Syd, gordo e careca, e os meandros nem tão açucarados do jet set, da badalação, acabaram lhes levando a discorrer sobre a trajetória da banda até ali. Foi dessa crônica sobre o sentido do sucesso, sob um ponto de vista profundamente desolador, que surgiu Wish You Were Here (1975).

Para isso se utilizaram de uma longa suíte (“Shine On Your Crazy Diamond”, o mote do disco), separada no meio por três pequenas cancionetas, a exemplo de Meddle (1971). Dito assim pode parecer que o Pink Floyd compartilhava das veleidades neo-classisistas de Rick Wakeman, ou tinha algum pendor erudito como o ELP. Longe disso. Afora as passagens mais extensas e os sintetizadores, o Pink Floyd quase não tinha tanto em comum com seus contemporâneos progressivos. Sem perder tempo com adornos inextricáveis, o foco deles continuava sendo as melodias, os refrões. Tanto que a canção-título do disco, radiofônica, se tornou um standart moderno, ganhando versões até hoje. Que outra banda progressiva conseguiu feito semelhante?

Wish You Were Here ao mesmo tempo que ratificava a presença do Pink Floyd entre as maiores bandas do planeta, significou o fim de mais uma fase na carreira deles, marcada pela boa convivência entre os talentos dos quatro no grupo. A partir do trabalho seguinte, Animals (1977), tudo começaria a girar em torno da megalomania de Roger Waters, e não por acaso, tanto o Floyd como o todo rock progressivo começariam a perder relevância por essa época.

- Shine On

5 comentários:

Bruno R disse...

adoro a capa

luci disse...

minino do ceu! que lecau! vi o video deles em pompeia no sabado passado. resultado: no dia seguinte sonhei com a banda (foi um pesadelo, na verdade, eles eram do mal). e HOJE sonhei com um vulcao :D

legal, neh, como eu sou uma pessoa impressionavel...

Ingrid disse...

Não só esse álbum, como o Pink Floyd, serão eternos enquanto pessoas como nós, curtirem essa massagem nos tímpanos. O caminho é esse, fazer com que os que não conhecem essa maravilha dos deuses, passem a conhecer. Assim o bom e velho rock and roll jamais morrerá! Kisses.

Jefferson Cardoso disse...

O principal fator que me faz gostar desse disco foi a bela homenagem ao Syd Barret. "Shine on" e a faixa título são fantásticas!

Bruno R disse...

o bom e velho chichê idem

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