segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O crepúsculo dos deuses

Led Zeppelin - Physical Graffiti
Banda: Led Zeppelin
Álbum: Physical Graffiti

Lançamento: 1975

Em meados de 1975, o Punk ainda não havia sido formalmente apresentado ao mundo, mas a aceitação que o Glam distorcido dos New York Dolls obtinha já denotava que os tempos estavam mudando – de novo. Numa outra ponta, a música disco tomava o lugar do Soft Rock (Carpenters, Bread) como o grande gênero popular, incentivado pela onda das danceterias alimentadas pelo som mecânico dos LPs. No meio disso tudo, o Rock Progressivo e o Hard Rock davam o seu último impulso antes da derrocada completa, anos depois. O período áureo terminava para as bandas que haviam destruído os ideais dos anos 60 e instaurado novas regras. Entre elas estava o Led Zeppelin.

Physical Graffitti (1975) é o segundo disco da fase pé no chão do Led. Naqueles anos, todo o excesso e a afetação que marcariam o Hard Rock e o Rock Progressivo já começavam a ser questionados. Foi em meio a este cenário distante do espírito woodstockiano que o Led fez um disco quase minimalista, para os seus padrões. Ainda era pesado, mas sem ser sujo, e agora tinha espaço para brincadeiras, seja com timbres mais suaves e formas mais elaboradas (influência progressiva). Physical Graffitti não era tão visceral quanto os trabalhos iniciais, mas mostrou que o Led Zeppelin não se limitava a emular riffs de blues antigos. Eles também sabiam tocar em baixo volume, e agora permitiam lacunas numa massa sonora que sempre pareceu impenetrável.

Da mesma forma de que quem não ouviu o White Album não pode dizer que conhece os Beatles, e quem não ouviu os discos de Ronnie Von a partir de 69 não pode falar muito dele, Physical Graffitti é o disco
fundamental para saber do que o Led Zeppelin era capaz, embora ele siga como um dos álbuns mais neglicenciados da banda. Em nenhum outro momento eles alargaram tanto os próprios horizontes, chegando quase a atentar contra o próprio legado que, àquelas alturas, já era visto como mítico. Physical Graffitti foi seguramente o último grande disco deles, fruto de um período menos festejado da banda, mas ainda assim, impressionante.

- Se liga.

7 comentários:

Andrei disse...

Sem diminuir o valor do Physical Grafitti, o negócio é que a essa altura o Led Zepellin já tinha alargado bastante os seus horizontes. Só em alguns momentos é que o Led foi uma banda que se encaixou bem no rótulo "hard rock". Acho que o II é o ponto central disso. O I é muito blues, o III é tão acústico que a crítica na época perguntou se era Led Zepellin ou Crosby, Nash & Young, o Houses of the Holy tem reaggae, progressivo e por aí vai.

Mas concordo que talvez seja o último grande álbum deles.

Bruno R disse...

onde encontro os discos de Ronnie Von a partir de 69? :)

Andrei disse...

Verdade, acho que Ronnie Von começou a carreira mais cedo do que eu imaginava.

::: Luís Venceslau disse...

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http://toque-musicall.blogspot.com/2007/08/ronnie-von-misteriosa-luta-do-reino-de.html

http://sembereba.blogspot.com/2008/07/ronnie-von-maquina-voadora-1970.html

Esqueçam "A Praça" e "Meu Bem". O verdadeiro Ronnie Von é o desses discos.

Anônimo disse...

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