E eis que finalmente assisto a um show do Teatro Mágico. Minto. 70% do show, cheguei atrasado, mas ainda assim deu pra sacar qual era a deles. A banda, o grupo, ou trupe, sei lá, é uma das coisas mais badaladas do mundinho (metido a) indie nos últimos tempos, e tamanho o comentário, não perderia a chance de vê-los gratuitamente. Comentário este longe de qualquer consenso. Ultra-polarizado. Ou amam ou odeiam, sem meio-termo, o que é mais um atrativo.
Pra não dizer que não conhecia nada deles, lembro de ter visto uma matéria sobre eles na TV falando do show e da histeria das fãs. Histeria essa que pude comprovar ao vivo. O mais estranho não era nem o grau de devoção das fãs, era esse grau de devoção ser em Campina Grande. Ao que me consta a banda é de São Paulo, não toca no rádio, nem vai no Raul Gil. Eles têm Fã-clube em Campina, pensei, abobalhado. Pois é, quem ainda duvida do poder da Internet hoje está mais por fora do que talo de macaxeira.
Mas vamos ao show. De cara, uma má impressão. Sempre entre uma música e outra o vocalista com a cara pintada intercalava um textinho, um apêndice pra lá de ensaiado. Foi num desses que ele soltou “nosso site é .mus.br, não é ponto com, porquê com é comércio e o que a gente faz é música”. Aham. Meses atrás, a banda fez um show em João Pessoa cobrando 40 reais inteira e 20, estudante.
Felizmente não choveu, a Praça da Bandeira lotada. Lá no meio, eu, a pessoa mais por fora do planeta, sem saber cantarolar um verso, e em volta, a gurizada cantando as músicas do Teatro Mágico em uníssono, como que numa igreja. Cartazes, coraçãozinho pintado do rosto, e palminhas nas horas certas. No mais, nada lá muito arrebatador, ou vai ver eu que tô ficando velho. Umas melodias de Rock Nacional (Engenheiros?), somadas a uma tentativa de abordagem poética (coisa que o Cordel do Fogo Encantado já fazia), com umas temáticas coração bem Los Hermanos. E ainda tinha um violino fazendo umas intervenções e dois malabaristas pendurados num cordão. Tudo isso envolto numa aura de teatro e circo, que tornam o espetáculo ainda mais "cultural” (argh), terno e cândido. Pra mim, não passam de uns Emos que chegaram à universidade.
Pode não ter me convencido, mas tenho que admitir que são bastante competentes no que fazem. Comunicam bem o que querem, geram empatia. Afinal, não seria a toa que alguém sairia de casa com faixa na cabeça e com coraçõezinhos pintados nas bochechas.
Pra não dizer que não conhecia nada deles, lembro de ter visto uma matéria sobre eles na TV falando do show e da histeria das fãs. Histeria essa que pude comprovar ao vivo. O mais estranho não era nem o grau de devoção das fãs, era esse grau de devoção ser em Campina Grande. Ao que me consta a banda é de São Paulo, não toca no rádio, nem vai no Raul Gil. Eles têm Fã-clube em Campina, pensei, abobalhado. Pois é, quem ainda duvida do poder da Internet hoje está mais por fora do que talo de macaxeira.
Mas vamos ao show. De cara, uma má impressão. Sempre entre uma música e outra o vocalista com a cara pintada intercalava um textinho, um apêndice pra lá de ensaiado. Foi num desses que ele soltou “nosso site é .mus.br, não é ponto com, porquê com é comércio e o que a gente faz é música”. Aham. Meses atrás, a banda fez um show em João Pessoa cobrando 40 reais inteira e 20, estudante.
Felizmente não choveu, a Praça da Bandeira lotada. Lá no meio, eu, a pessoa mais por fora do planeta, sem saber cantarolar um verso, e em volta, a gurizada cantando as músicas do Teatro Mágico em uníssono, como que numa igreja. Cartazes, coraçãozinho pintado do rosto, e palminhas nas horas certas. No mais, nada lá muito arrebatador, ou vai ver eu que tô ficando velho. Umas melodias de Rock Nacional (Engenheiros?), somadas a uma tentativa de abordagem poética (coisa que o Cordel do Fogo Encantado já fazia), com umas temáticas coração bem Los Hermanos. E ainda tinha um violino fazendo umas intervenções e dois malabaristas pendurados num cordão. Tudo isso envolto numa aura de teatro e circo, que tornam o espetáculo ainda mais "cultural” (argh), terno e cândido. Pra mim, não passam de uns Emos que chegaram à universidade.
Pode não ter me convencido, mas tenho que admitir que são bastante competentes no que fazem. Comunicam bem o que querem, geram empatia. Afinal, não seria a toa que alguém sairia de casa com faixa na cabeça e com coraçõezinhos pintados nas bochechas.
2 comentários:
mudou pra cá em definitivo?
Luis, esse ingresso de 40 paus foi boato. O preço na verdade foi 15 reais pra todo mundo.
só pra constar: eu nao fui.
pode crer!
essa "banda" é uma merda mesmo ;]
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