segunda-feira, 28 de novembro de 2005
Do batente, no tapete, pra fora
Permita-se, vista-se
Daquele jeito, bem vistosa
E saia das minhas vistas
Nesse lar não cabem três
Já tivemos nossa vez
Deixe-se lá
Cuspa assim, beije de lado
Consinto o seu acinte
Não há porquê, mas brinque
Somos felizes naqueles retratos
Hoje, as fotos não pintam mais
os fatos
Por trás desse crepúsculo
Inescrupuloso de tão belo
Há o meu profundíssimo desejo
De que tudo dê certo pra você.
Mas, agora, olhe em volta
Pelo menos, sinta.
Eu, eu sinto muito
Já senti muito
Sinto, sempre.
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
Redemoinho
A intempérie destempera
Exaspera
Torna áspero o ser.
E imperiosamente
Latente
Fica assim esse viver.
Quando a sina desatina
Desanima
Tudo explode sem alarde.
E a lágrima despejo:
Morreu o desejo
Antes de virar vontade.
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