2013 começou louco de lançamentos e até agora o ritmo continua. É tanta coisa ao
mesmo tempo que fica difícil acompanhar, a não ser que você tenha 17 anos e
muito otimismo na nova música (o que não é bem o caso). Pra delimitar melhor as
coisas, vamos pinçar três lançamentos recentes que acabaram coincidindo numa mesma
condição, talvez uma das mais interessantes para quem se mete a fazer qualquer tipo de arte: a
mudança. Mudar, mudar por mudar, mudar por necessidade, mudar naturalmente, tanto
faz, raramente dá pra saber pra onde essa mudança leva. Alguns passam a vida
fugindo da mudança, outros a transformam isso exatamente no mote da própria
vida (tipo Bowie, citado no título).


● Mas quem chocou mesmo o Queens Of The Stone Age, e de um jeito positivo. Não que a banda estivesse acabada, eles não tem mais o que provar, mas a bem da verdade fazia um tempinho que eles não lançavam um disco daqueles, digamos, embasbacantes. Mudança de formação sempre é um negócio difícil de digerir, e eles passaram por muitas desde a consagração com “Songs for the Deaf” de 2002. Agora em 2013, depois de dois discos meio incertos, a banda de Josh Homme reaparece com “...Like a Clockwork” e de cara entra pra lista dos melhores do ano. Privilegiando os vocais, os climas, tudo bem dosado com os timbres bem próprios deles, o Queens acertou a mão com um álbum com um fôlego raro nos dias de hoje. Quem veio acompanhando os clipes lançados antes do disco foi vendo uma sucessão de canções brilhantes que reforçam o nome da banda entre os grandes da atualidade. Nem precisa dizer que é recomendabilissimo.