Cantor: David Bowie
Disco: The Rise and Fall of Ziggy Stardust
and the Spiders from Mars
Lançamento: 1972
“Sempre estar lá, e ver ele (sic) voltar, não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar”. Muita gente lá nos anos 80 deve ter comprado o disco do Nenhum de Nós só por causa dessa música. “Astronauta de mármore” era boa mesmo, melodia forte, cativante ao extremo e sem apelar pros atuais monossílabos. Lembro que passava muito no rádio, a empregada daqui de casa curtia. Ela só não sabia que estava curtindo uma das imortais criações de David Bowie.
Enquanto boa parte do rock nacional se alinhava à MPB, o Nenhum de Nós ia lá nos anos 70 resgatar “Starman”, uma das melhores músicas de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, que está completando 40 anos agora em 2012. Lá naquele 1972, Bowie já não era mais o psicodélico tardio que se arrastava pelo submundo do mainstream: ele se tornara o maior representante de uma das vertentes mais prósperas que despontaram após a virada da década, e este disco não foi só um dos pontos altos de sua carreira, mas de cara se tornou um marco histórico, uma referência.
Fala-se muito das personas que Bowie deu vida durante os anos 70 (a sua melhor década, indiscutivelmente), mas o que deve ser louvado mesmo, no fim das contas, é a sua capacidade criadora. Muito inspirado na poética de Lou Reed e naquele contexto libertário que ficara após Woodstock, Bowie foi desenvolvendo um som praticamente sem fronteiras, indo de um minimalismo acústico à densas baladas ao piano e rocks dos mais ácidos. Juntou peso, dramatismo, tensão, tesão, melancolia, escapismo, ficção científica, decadência e algo de glamuroso, palavra que acabou dando origem a um rótulo – Glam Rock –, do qual ele mesmo foi o principal representante.
Ao lado do guitarrista Mick Ronson e dos Spiders From Mars, Bowie entraria de vez para o seleto grupo de artistas cujo trabalho continua influente por décadas, e The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars só confirma disso. O disco que conta a saga suicida do roqueiro alienígena trouxe hits que ao longo do tempo teria regravações de Bauhaus, nos anos 80, dos próprios Nenhum de Nós, e depois ainda se tornaria influência básica para o Suede, banda pioneira do Britpop dos anos 90. Apesar da fase não muito inspirada a partir dos anos 80, o relançamento de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars é uma ótima chance de saber por que a obra de Bowie continua viva e celebrada.
Enquanto boa parte do rock nacional se alinhava à MPB, o Nenhum de Nós ia lá nos anos 70 resgatar “Starman”, uma das melhores músicas de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, que está completando 40 anos agora em 2012. Lá naquele 1972, Bowie já não era mais o psicodélico tardio que se arrastava pelo submundo do mainstream: ele se tornara o maior representante de uma das vertentes mais prósperas que despontaram após a virada da década, e este disco não foi só um dos pontos altos de sua carreira, mas de cara se tornou um marco histórico, uma referência.
Fala-se muito das personas que Bowie deu vida durante os anos 70 (a sua melhor década, indiscutivelmente), mas o que deve ser louvado mesmo, no fim das contas, é a sua capacidade criadora. Muito inspirado na poética de Lou Reed e naquele contexto libertário que ficara após Woodstock, Bowie foi desenvolvendo um som praticamente sem fronteiras, indo de um minimalismo acústico à densas baladas ao piano e rocks dos mais ácidos. Juntou peso, dramatismo, tensão, tesão, melancolia, escapismo, ficção científica, decadência e algo de glamuroso, palavra que acabou dando origem a um rótulo – Glam Rock –, do qual ele mesmo foi o principal representante.
Ao lado do guitarrista Mick Ronson e dos Spiders From Mars, Bowie entraria de vez para o seleto grupo de artistas cujo trabalho continua influente por décadas, e The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars só confirma disso. O disco que conta a saga suicida do roqueiro alienígena trouxe hits que ao longo do tempo teria regravações de Bauhaus, nos anos 80, dos próprios Nenhum de Nós, e depois ainda se tornaria influência básica para o Suede, banda pioneira do Britpop dos anos 90. Apesar da fase não muito inspirada a partir dos anos 80, o relançamento de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars é uma ótima chance de saber por que a obra de Bowie continua viva e celebrada.