Banda: Big Star
Álbum: Big Star
Lançamento: 1972
“Quase ninguém comprou o primeiro disco do Velvet Underground quando ele foi lançado, mas todas as pessoas que compraram montaram uma banda”, disse Brian Eno sobre o primeiro álbum da banda de Lou Reed. Essa frase também se aplica a Alex Chilton, morto há duas semanas. Ele é um daqueles casos que se pode chamar de “influência de muitos, ídolos de poucos”. Mas ser um dos poucos que o tinham como ídolo não tem nada a ver com aquele pedantismo juvenil que não quer que a sua bandinha preferida vire “pop”, que ela saia dos domínios da sua turma e ganhe o mundo na voz de todo tipo de gente. Ser um dos seus poucos admiradores era um pouco amargar a injustiça de ver um enorme talento ficar nas sombras por não se encaixar em determinadas tendências. Ainda mais quando era alguém com todo o potencial para estourar, e que não escondia suas limitações atrás do muro seguro do underground.
Alex Chilton foi um dos pioneiros de um gênero que parece ter nascido pra ficar na margem: o Power Pop. No início dos anos 70, quando a extravagância cênica e instrumental estava em alta, algumas bandas fizeram uma retomada do pop sessentista (Beatles, Byrds), emoldurado em guitarras possantes (The Who). Não deu outra: viraram segundo escalão da indústria, dos gostos, e das atenções. Uma dessas bandas foi o Big Star, de Alex Chilton. A banda gravou três discos que praticamente passaram batidos nos anos 70, mas que entre a década de 80 e 90 viraram objeto de culto. REM, Replacements, Posies, e a escocesa Teenage Funclub, declararam sua devoção ao Big Star, o que ajudou a reabilitar o nome da banda no showbizz. Nos anos 90, o Big Star chegou a gravar dois discos ao vivo, e em 2005 lançou um disco de inéditas.
Felizmente, Chilton viveu o suficiente para ver a sua obra reconhecida através de relançamentos e shows lotados, como certamente seria aquele que faria no Festival South By Southwest, se não tivesse morrido três dias antes. Dessa vez, o mundo não foi tão injusto. Foi apenas cruel.
- Discaço.
Álbum: Big Star
Lançamento: 1972
“Quase ninguém comprou o primeiro disco do Velvet Underground quando ele foi lançado, mas todas as pessoas que compraram montaram uma banda”, disse Brian Eno sobre o primeiro álbum da banda de Lou Reed. Essa frase também se aplica a Alex Chilton, morto há duas semanas. Ele é um daqueles casos que se pode chamar de “influência de muitos, ídolos de poucos”. Mas ser um dos poucos que o tinham como ídolo não tem nada a ver com aquele pedantismo juvenil que não quer que a sua bandinha preferida vire “pop”, que ela saia dos domínios da sua turma e ganhe o mundo na voz de todo tipo de gente. Ser um dos seus poucos admiradores era um pouco amargar a injustiça de ver um enorme talento ficar nas sombras por não se encaixar em determinadas tendências. Ainda mais quando era alguém com todo o potencial para estourar, e que não escondia suas limitações atrás do muro seguro do underground.
Alex Chilton foi um dos pioneiros de um gênero que parece ter nascido pra ficar na margem: o Power Pop. No início dos anos 70, quando a extravagância cênica e instrumental estava em alta, algumas bandas fizeram uma retomada do pop sessentista (Beatles, Byrds), emoldurado em guitarras possantes (The Who). Não deu outra: viraram segundo escalão da indústria, dos gostos, e das atenções. Uma dessas bandas foi o Big Star, de Alex Chilton. A banda gravou três discos que praticamente passaram batidos nos anos 70, mas que entre a década de 80 e 90 viraram objeto de culto. REM, Replacements, Posies, e a escocesa Teenage Funclub, declararam sua devoção ao Big Star, o que ajudou a reabilitar o nome da banda no showbizz. Nos anos 90, o Big Star chegou a gravar dois discos ao vivo, e em 2005 lançou um disco de inéditas.
Felizmente, Chilton viveu o suficiente para ver a sua obra reconhecida através de relançamentos e shows lotados, como certamente seria aquele que faria no Festival South By Southwest, se não tivesse morrido três dias antes. Dessa vez, o mundo não foi tão injusto. Foi apenas cruel.
- Discaço.