CD: Taller Children
Lançamento: 2009
Em tempos em que os almanaques quase nos fazem crer que tudo já foi feito, é sempre animador dar de cara com algo que fuja do marasmo que o establishment viciado nos impõe. Não que isto implique numa revelação, numa redescoberta da roda, num culto ao original. O original é algo tão subjetivo que talvez sequer nunca tenha existido. Mesmo cientes disso, é possível não ceder a um revivalismo barato, sem cair numa ânsia “vanguadeira”. O inclassificável Elizabeth & The Catapult é a prova disso.
Inclassificável porque é jazz demais pra chamar de pop, folk demais pra chamar de jazz, e pop demais pra chamar de folk. Falando assim pode parecer confuso, mas são por esses terrenos que o Elizabeth & The Catapult transita com uma leveza que passa longe de qualquer pretensão intelectualóide de “misturar ritmos”. O vocal feminino, ora forte, ora bastante doce, nos remete tanto ao jazz de Norah Jones, como ao folk de Joni Mitchel, até o pop perfeito dos Carpenters. Estas lembranças podem ser inevitáveis, mas não se pode dizer que eles estão reproduzindo cacoetes alheios. É pura afinidade, que nem sempre rima com similaridade.
Por mais que a banda seja entendida como indie, com eles não tem isso de criar cortinas de fumaça nem truques pra despistar as platéias sobre as suas reais habilidades. Ao contrário das divas inspiradoras, Elizabeth & The Catapult desce do pedestal, e se apresenta de peito aberto com a sua música luminosa, sem o medo de quem tem algo a esconder.
- Repara.
Lançamento: 2009
Em tempos em que os almanaques quase nos fazem crer que tudo já foi feito, é sempre animador dar de cara com algo que fuja do marasmo que o establishment viciado nos impõe. Não que isto implique numa revelação, numa redescoberta da roda, num culto ao original. O original é algo tão subjetivo que talvez sequer nunca tenha existido. Mesmo cientes disso, é possível não ceder a um revivalismo barato, sem cair numa ânsia “vanguadeira”. O inclassificável Elizabeth & The Catapult é a prova disso.
Inclassificável porque é jazz demais pra chamar de pop, folk demais pra chamar de jazz, e pop demais pra chamar de folk. Falando assim pode parecer confuso, mas são por esses terrenos que o Elizabeth & The Catapult transita com uma leveza que passa longe de qualquer pretensão intelectualóide de “misturar ritmos”. O vocal feminino, ora forte, ora bastante doce, nos remete tanto ao jazz de Norah Jones, como ao folk de Joni Mitchel, até o pop perfeito dos Carpenters. Estas lembranças podem ser inevitáveis, mas não se pode dizer que eles estão reproduzindo cacoetes alheios. É pura afinidade, que nem sempre rima com similaridade.
Por mais que a banda seja entendida como indie, com eles não tem isso de criar cortinas de fumaça nem truques pra despistar as platéias sobre as suas reais habilidades. Ao contrário das divas inspiradoras, Elizabeth & The Catapult desce do pedestal, e se apresenta de peito aberto com a sua música luminosa, sem o medo de quem tem algo a esconder.
- Repara.